Em Gênesis 1 verso 4, lemos: “E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” Este verso enfatiza dois pontos importantes: a bondade da luz e a separação entre a luz e as trevas.
Primeiro, a declaração de que Deus viu que a luz era “boa” טוֹב (tov) mostra que a criação da luz foi um ato positivo e benéfico. A luz אוֹר (or) é essencial para a vida na Terra, permitindo o crescimento de plantas, a regulação do tempo e a capacidade dos seres vivos de ver e interagir com o mundo ao seu redor. A luz também é frequentemente associada à verdade, sabedoria e bem-estar espiritual. Portanto, a afirmação da bondade da luz demonstra a intenção amorosa de Deus na criação.
Segundo, Deus fez uma separação entre a luz e as trevas. A palavra hebraica usada para “separação” é בָּדַל (badal), que significa distinguir ou dividir. Essa separação indica que Deus estabeleceu uma ordem na criação, onde a luz e as trevas têm propósitos e funções específicas. No contexto físico, essa separação permite a existência de dia e noite, o que é crucial para a vida na Terra. No sentido espiritual, a separação entre a luz e as trevas pode ser vista como uma metáfora para a distinção entre o bem e o mal, a verdade e a falsidade, e a presença e a ausência de Deus.
Em resumo, Gênesis 1 verso 4 destaca a bondade e a ordem na criação de Deus, ao estabelecer a luz como um elemento essencial e benéfico para a vida, e ao separá-la das trevas. Isso nos ajuda a apreciar a sabedoria e o cuidado de Deus ao moldar nosso mundo e serve como uma base para a compreensão dos temas espirituais associados à luz e às trevas ao longo da Bíblia.
